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Os painéis veiculavam poemas de vários autores da cidade - entre os quais Cassiano Nunes, que morreu no ano passado, Nicolas Behr, Angélica Torres Lima e Fernando Mendes Vianna (morto em 2006).
A ordem para a ação truculenta veio da Administração de Brasília, que decidiu acabar com os painéis de propaganda irregular que proliferaram na cidade desde o governo anterior. Não se sabe o que poesia tem a ver com propaganda irregular. Na cidade que acaba de receber o título de "Capital Americana da Cultura 2008" (?), a confusão seria uma piada, se não fosse uma agressão.
Vários painéis de mosaico de Gougon podem ser vistos na cidade. É dele o totem em homenagem ao educador Paulo Freire, instalado em frente ao Ministério da Educação. Outro painel, numa das estações de metrô de Águas Claras, homenageia o autor do projeto urbanístico de Brasília, Lúcio Costa.
Os painéis poéticos que adornavam praças e paradas de ônibus da Asa Sul foram um presente que Gougon deu à população. Não foram encomendados por ninguém. Mas Brasília é a cidade do oficial. O poder não respeita as manifestações espontâneas.
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2 comentários:
caro, gostei muito do seu texto sobre Bob Dylan. Não pude ir, e confesso que ficou um vazio...
Vou passeando pelo seus sítios...
Entonces,,, chato isso! Embora só conheça seu ponto de vista, arte "na faixa" é necessidade em espaço geográfico de cultura órfã. Buff!
Abraços e protestadas invenções!
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