CIRCO NO GIRAPEMBA

Ficou belo o meu poema Circo, ilustrado com óleo sobre tela de Marc Chagall, no blog Folhas de Girapemba, da poeta e tradutora Ana Ramiro. Circo faz parte do livro Arqueolhar, mas independente do poema, o blog vale a visita. Veja.

CASTRO ALVES NO CAFÉ


Castro Alves será o poeta homenageado no II Palavra Solta, encontro poético que acontece mensalmente no Café Martinica, na 303 Norte, em Brasília. O evento será realizado a 13 de março, véspera do Dia Nacional da Poesia.

Para esta edição, Angélica Torres, Ariosto Teixeira, Carla Andrade, Fernando Marques, Ivan Sérgio, Paulo José Cunha e este que lhes escreve farão leituras de poemas autorais e também de Castro Alves. A eles se juntará um poeta convidado, cujo nome ainda não está definido.

O I Palavra Solta, que aconteceu no dia 23 de janeiro, teve ótima recepção do público. O homenageado foi Manuel Bandeira. Em fevereiro, excepcionalmente o evento não será realizado, devido aos feriados de Carnaval.

FLIPIRI

Ignácio de Loyola Brandão é a principal atração da I Festa Literária de Pirenópolis (GO), ou Flipiri, que acontece nesta sexta e sábado, 13 e 14. Pirenópolis é uma linda cidade goiana adotada pelos moradores de Brasília. Fica a 150 km da capital federal e suas ruas bucólicas, com estilo colonial bem preservado, e belas cachoeiras atraem grande número de turistas.

A Flipiri é uma idéia da empresária Íris Borges, ex-presidente da Câmara do Livro do Distrito Federal. A festa deste ano é modesta, mais voltada para o público local que para os turistas. Mesmo assim, estão previstas 84 atividades ligadas à literatura, com a participação de 17 escritores, a maioria de Brasília (João Bosco Bonfim, Lucília Garcez, Rosângela Rocha, Alexandre Lobão, entre outros).

Com certeza, a Flipiri vai pegar. E teremos uma razão a mais para viajar a Pirenópolis.

OS SUBTERRÂNEOS DA PRAÇA


Apesar de Oscar Niemeyer ter desistido de impor a Brasília a sua Praça da Soberania (veja postagem anterior), "ao menos provisoriamente", a população da cidade precisa refletir sobre esse episódio e lembrar-se de algumas coisas.

DESTRUIÇÃO CIVIL
O governador José Roberto Arruda governa em nome das grandes construtoras, que vêem em Brasília uma mina de ouro e não estão preocupadas com a qualidade de vida da população. Seu governo planeja a construção de grande número de setores habitacionais, uma verdadeira invasão de áreas verdes e de mananciais. Os monumentos também satisfazem a fome das construtoras.

O SONHO DA ESTÁTUA
A idéia da praça nasceu de uma sugestão do presidente Lula, que deseja a construção, em Brasília, de um local “para abrigar a memória da República brasileira”. Esse local estava previsto no projeto de Niemeyer. “Um prédio baixo, em curvas e pilotis, dedicado à memória dos presidentes da República”, descreveu o arquiteto, segundo matéria do Correio Braziliense de 10 de janeiro. Lula, o messias, pretende virar estátua.

PROPRIEDADE PRIVADA
Oscar Niemeyer, que se diz comunista, é aliado de todos os poderosos que passam pelos palácios do Planalto ou do Buriti. Aos 101 anos, do alto de seu escritório que dá frente para o mar de Copacabana, ele se considera legítimo proprietário de Brasília, mais do que as pessoas que vivem e padecem dos problemas urbanos na capital federal.

REJEIÇÃO AO PROJETO
A desistência foi anunciada em manchete pelo Correio Braziliense, na edição de 4 de fevereiro.Uma enquete realizada pelo jornal, com 4.066 internautas, indicou a rejeição da proposta por 75,87% dos votantes.

Se a população de Brasília não estiver mobilizada, é possível que Lula, Arruda e Niemeyer estejam apenas aguardando a hora certa de nos enfiar essa aberração pela goela abaixo.


[A foto de Niemeyer foi tomada emprestada do sítio Debatedouro]