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HIATOS 


 Meu sétimo livro de poemas, Hiatos, dá continuidade ao exercício que venho praticando desde que entendi as infinitas possibilidades da poesia, na minha interação com o mundo e comigo mesmo. A linguagem poética abre espaço para que as palavras adquiram uma aura de novos significados, muito além daqueles registrados nos verbetes dos dicionários. Hiatos começou a surgir no momento de uma experiência pessoal intensa, daquelas que nos fazem dirigir o olhar para trás e para frente, rompendo os limites de um dia a dia em que tudo aparentemente se repete, e para nossos interiores, como é descrito metaforicamente no primeiro poema do livro. Experiências intensas são hiatos em nosso cotidiano: o mundo para para que elas aconteçam, e depois retoma seu ritmo. E a vida, que nada mais é do que um hiato entre o nada e o nada, também é feita de hiatos. O curso da História tem momentos de suspense e de vazios. O que há entre a luz e a escuridão, entre um silêncio e outro, senão hiatos? Hiatos é lançamento da Editora Patuá, de São Paulo. 


EXÍLIA


 Em 2008, ao reler poemas que vinha escrevendo nos últimos anos, percebi que vários deles abordavam, de formas diferentes, um mesmo tema: o sentimento de exílio e desenraizamento, dentro de um mundo a que eu não pertencia. Parti dessa ideia para criar o projeto de um novo livro, aprovado pela Fundação Nacional de Artes (Funarte) para receber a Bolsa de Estímulo à Criação Literária. Nos primeiros seis meses de trabalho criei a primeira versão, terminada em junho de 2009. Quase três anos de trabalho depois, cheguei à versão definitiva, em março de 2012. Exília aprofunda minha relação com a poesia, cada vez mais necessária para me relacionar com o mundo, por mais que o mundo me pareça hostil - ou talvez por isso mesmo. 


POEMAS POR AMOR 


 Publicado em 2007, reuni neste livro poemas que dediquei a minha esposa, amiga e companheira, Nádia. O livro teve edição fora de mercado, mas eu o considero parte importante de minha obra poética."Abra-se este livro com reverência: são poemas de amor da mais comovente delicadeza", escreveu Anderson Braga Horta. Com bela capa de Walter Mota, a partir de uma imagem de Pablo Picasso.



ARQUEOLHAR 


 Edição LGE/Varanda, Brasília, 2005. Escrito durante quatro anos, este livro aborda elementos imateriais, etéreos e mágicos da minha infância no interior de Minas, numa tentativa poética de promover um encontro entre o homem que escreve e o menino que viveu aquelas experiências. Sem nostalgia nem saudade, mas como um jogo de escavação, como fazem as crianças no fundo do quintal para, quem sabe, descobrir o esqueleto de um dinossauro. Arqueolhar tem prefácio escrito a quatro mãos por Maria Esther Maciel e Floriano Martins. "Não hesito em colocar Alexandre Marino, com este Arqueolhar, entre os grandes poetas do Brasil", disse o escritor e crítico Antonio Olinto, da Academia Brasileira de Letras, em artigo no jornal carioca Tribuna da Imprensa. Na capa, o palhaço que ganhei de presente aos dois anos de idade. 


O DELÍRIO DOS BÚZIOS 


 Publicado em 1999 pelo selo que criei, Varanda, este livro reúne poemas recolhidos numa produção de 18 anos, que permanecia quase toda inédita. É uma delirante viagem por inquietações jamais reprimidas, que tiveram suas origens ainda nos anos 70, tempo de censura, repressão política e luta, e atravessaram as duas décadas seguintes, guiando um mergulho poético entre perplexidades e esperanças. Crítico e irônico, é um dos meus livros preferidos. Fiz o projeto gráfico e a capa, incluindo a imagem que a ilustra, inusitado resultado de uma experiência fotográfica num fim de tarde em Belo Horizonte, como trabalho da universidade.


TODAS AS TEMPESTADES 


 Publicado em Belo Horizonte em 1981, este livro fez parte de uma grande aventura poética vivida nas ruas da capital mineira. Época de vender livros de mão em mão, em bares, feiras, eventos culturais, de viajar pelo país afora, de participar de saraus, declamar poesia na rua, em livrarias, festivais. Com capa e projeto gráfico de Wanderley Batista e ilustrações de Estevão Gontijo.



OS OPERÁRIOS DA PALAVRA 


 A Editora Batanguera, de Belo Horizonte, publicou este livro em 1979, como primeiro de uma série com a nova poesia mineira, em tempos de efervescência literária em Minas. Mas a editora faliu enquanto os livros eram impressos, e tive que ir buscar os pacotes num galpão de onde já haviam sido retiradas as máquinas da gráfica. Fui à luta. Vendi 2 mil exemplares de mão em mão, nas ruas de Belo Horizonte e algumas outras cidades. Ali estavam meus primeiros poemas reunidos num livro só meu, incluindo o poema que lhe dá título, que eu li durante a formatura de minha turma de jornalismo na Universidade Católica de Minas Gerais, substituindo o texto tradicional do juramento profissional. 


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