Indomáveis feras adormecidas,
sol e chuva, solitários viajores,
a vastidão para meu pequeno corpo
aprendiz de domador,
coração movido a espantos;
O circo e seu bestiário,
a aura mágica do mágico:
a lona esconde desejos
além de meus olhos fátuos.
E lá adiante, meu pai,
um realejo, a sorte lançada,
o dobre de um sino,
a estrada.
O ano que termina foi muito gratificante, por várias razões, e a principal delas foi a publicação de meu livro Arqueolhar, que alguns dos visitantes deste espaço tiveram a oportunidade de ler. O que o internauta lê acima são os versos finais de Circo, último poema do livro. Uso destas palavras para desejar aos leitores um bom Natal e um 2006 cheio de esperanças. Cada um que escolha as suas... Os mais sensíveis, capazes de mergulhar em livros de poesia nesses tempos mercantilistas, certamente compreenderão as minhas.