Quais são as três características fundamentais de um bom escritor? A questão foi lançada por Stela Maris Rezende aos colegas escritores reunidos no Café Literário da Feira do Livro no último domingo, 27, para falar sobre a antologia Todas as Gerações - O Conto Brasiliense Contemporâneo, lançamento da LGE. Da mesa, além de Stela e do organizador Ronaldo Cagiano, faziam parte Lourenço Cazarré, Alaor Barbosa, Rui Fabiano, Alexandre Pilati e Emanuel Medeiros Vieira, diante de um público curioso, que superlotou o salão.
Este escriba, um dos selecionados para a Antologia, toma a liberdade de utilizar este espaço para dar sua resposta à pergunta apresentada. A primeira qualidade de um bom escritor é a profundidade. Não basta observar a superfície da vida - o escritor (e isso vale para todos os artistas) deve escavar a alma do ser humano na tentativa de desnudá-lo, dissecá-lo e, se possível, compreendê-lo; da mesma forma, deve estar atento para desnudar e denunciar a vileza, o cinismo, a sordidez e outros "dons" humanos que se apresentam sob máscaras virtuosas. A segunda qualidade do bom escritor é a criatividade, que lhe permita encontrar sempre uma nova roupagem para suas palavras, ainda que aborde temas universais e milenares, fugindo do clichê como o diabo da cruz. A terceira qualidade é a necessidade vital de cumprir seu ofício, como a única forma possível de superar a mesquinhez da vida e da própria condição humana.
Este escriba, um dos selecionados para a Antologia, toma a liberdade de utilizar este espaço para dar sua resposta à pergunta apresentada. A primeira qualidade de um bom escritor é a profundidade. Não basta observar a superfície da vida - o escritor (e isso vale para todos os artistas) deve escavar a alma do ser humano na tentativa de desnudá-lo, dissecá-lo e, se possível, compreendê-lo; da mesma forma, deve estar atento para desnudar e denunciar a vileza, o cinismo, a sordidez e outros "dons" humanos que se apresentam sob máscaras virtuosas. A segunda qualidade do bom escritor é a criatividade, que lhe permita encontrar sempre uma nova roupagem para suas palavras, ainda que aborde temas universais e milenares, fugindo do clichê como o diabo da cruz. A terceira qualidade é a necessidade vital de cumprir seu ofício, como a única forma possível de superar a mesquinhez da vida e da própria condição humana.