[poema] A FLORESTA

Ninguém sabe o que vai acontecer com um livro depois de lançado. Quem o lê pode adorar, pode não gostar, pode não entender. A leitura pode ser atenta, desatenta, às vezes alguém compra o livro e jamais lê. É uma loteria. Já aprendi que é melhor não esperar respostas. O que vier é lucro. 

Quando lancei Terra Sangria em Belo Horizonte conheci pessoalmente o professor aposentado da Faculdade de Letras da UFMG Antonio Sérgio Bueno. Eu só o conhecia, até então, por grupos de whatsapp. Ele adquiriu um exemplar, conversou um pouco, falou com os amigos e se retirou. 

Assim, foi uma surpresa quando comecei a receber, quase diariamente, relatos de sua atenta leitura de "Terra Sangria", com análises profundas, reflexões e observações sobre os poemas, muitas das quais nunca tinham me ocorrido. 

Suas considerações, em diálogo comigo, geraram um texto relativamente volumoso, que guardo com carinho. Serginho, como é chamado pelos amigos (entre os quais agora me incluo) me proporcionou uma das mais completas leituras já feitas de meus livros.

A partir de agora
, publicarei aqui, junto com alguns poemas, um recorte mínimo de suas palavras, que foram de enorme valor para mim. 

Ao final de sua leitura
e nosso diálogo, ele observou: "Ler seu livro foi uma bela aventura, mesmo saindo dela sem conforto e sem porto. Sua condição de 'poeta à deriva' também me deixa muitas inquietações, mas uma certeza: essa Terra Sangria que visitei não se parece com nenhum 'lugar' que visitei!"

A leitura do Serginho foi uma das grandes recompensas que recebi pelos quatro anos que trabalhei nos poemas do livro, que trouxeram a marca de um tempo cruel mas dessa crueldade me salvaram. 

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