Um poema


O oboé


A sombra de um oboé
junto aos cacos
de um candelabro,


A música do tempo
nessas tardes de silêncio,

O espectro do campanário,
o sorriso dos mortos,
entre paredes demolidas
e sua abstrata aspereza,


As serestas,
o silvo do vento
e das calmarias;


O suspiro
das noites de tristeza,


A alma do oboé,
prisioneira do antiquário,
e seu choro
quando sopra a ventania.

Um comentário:

Anônimo disse...

Legal Alexandre! Um beijo, Adriana Zapparoli
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