A imagem de Reynaldo Jardim morto não combina com ele. Era o que havia de estranho no velório realizado no Teatro Nacional, em Brasília, na tarde desta quarta-feira, 2 de fevereiro. Reynaldo, genial jornalista, poeta e artista plástico, se é que se pode falar assim de um homem rompedor de limites, no auge da juventude aos 84 anos, foi abatido por um aneurisma. Mas seus amigos e admiradores, artistas de todos os naipes, subverteram sua morte e o declararam vivo.
Reynaldo morreu em Brasília, mas é um personagem da cultura brasileira, imune a fronteiras, espaciais ou temporais. Nos anos 50, criou o Caderno B do Jornal do Brasil, promovendo uma revolução na imprensa que perdurou pelas décadas seguintes. No ano passado, seu livro Sangradas Escrituras ficou em segundo lugar na categoria Poesia do Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro. A notícia da premiação o enfureceu, por considerar que sua obra merecia apenas o prêmio máximo. Ninguém o contestou.
3 comentários:
Seu texto é uma bela homenagem a esse grande artista.
Parabéns, Alexandre Marino!!!
Texto bastante apropriado e uma importante homenagem para o Grande Reynaldo Jardim.
A I BIP de Brasília ficou maior ainda, pela homenagem que fez ao Reynaldo Jardim e o conjunto de sua obra e trajetória.
AL-Braços
AL-Chaer
Esses sujeitos que são artistas da mais alta categoria, meu querido Xará, fazem outra espécie de arte: inspiram, quando não influenciam, os próximos artistas e, com isso, fazem da arte matéria viva e dinâmica.
Ele estará para sempre um pouco em você.
Abraços,
Alexandre
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